Curso de Medicina em Foz: um sonho ou uma realidade?

“Quando um sonho é sonhado por uma pessoa é apenas um sonho. Mas quando um sonho é sonhado por várias pessoas é o início de uma grande realização”. Inspirado em Dom Quixote e Raul Seixas, o deputado Chico Noroeste mostrou através do twitter que aposta alto na criação de uma extensão do curso de Medicina na Unioeste em Foz.

HOJE - quinta-feira, 06 de maio, o deputado pretende convencer mais uma pessoa a sonhar ou, talvez, tornar o curso uma realidade tão esperada pela população. O diretor da Itaipu, Jorge Samek se reúne com Noroeste para conversar sobre a possibilidade de o Hospital Costa Cavalcanti ser uma espécie de “Hospital de Ensino”, atendendo a requisitos para a ideia sair do papel.

As residências garantiriam verbas federais para o Hospital, uma boa notícia após o Costa Cavalcanti perder importantes repasses do atendimento de traumas e emergências. A prefeitura assumiu o serviço, que agora é realizado no Pronto-Socorro do Hospital Municipal.

Na reunião, o deputado vai apresentar a Samek o projeto técnico detalhado, já apoiado pela Reitoria da Unioeste, que demonstra a necessidade urgente de médicos na cidade. Segundo o estudo, mais de 800 mil pessoas dependem de um sistema público de saúde na região da fronteira.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Paraná, existem 17.682 médicos em atividade no estado. Foz e municípios vizinhos têm apenas 418 profissionais. A defasagem é de quase 70% no quadro médico. A falta de oferta de uma residência prejudica a população, isto porque não há especialistas suficientes para atender os pacientes.

Hoje algumas especialidades estão sobrecarregadas de consultas, o que provoca filas no atendimento, aliás, no último concurso para a contratação de médicos nenhuma vaga foi preenchida.

O custo do curso, segundo o deputado, já está previsto dentro do Orçamento do Paraná, através de uma emenda parlamentar de R$ 1,8 milhão. É necessária apenas a autorização e execução pelo Governo do Estado.

O valor é de R$ 1,1 milhão para a instalação de equipamentos e construção de laboratórios no campus da universidade durante o primeiro ano.